JAPÃO: Reysol, de Nelsinho Baptista, briga pelo 6.º lugar
De um time desacreditado, Nelsinho Baptista fez do Kashiwa Reysol a maior surpresa da J-League. Agora briga para terminar em posição de destaque.
A experiência do técnico brasileiro foi fundamental para que o Reysol se transformasse na maior surpresa da J-League
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Por: , 04/11/2022
Reysol surpreendeu com Nelsinho Baptista
São Paulo, SP, 4 (AFI) – A temporada também vai acabar no Japão. Neste fim de semana – sábado – acontece a última rodada da J-League, a primeira divisão, com a participação de dois técnicos brasileiros que vivem situações diferentes. O experiente Nelsinho Baptista, com um time de novatos no Kashiwa Reysol, defende a sétima posição e sonha com o sexto lugar, enquanto Zé Ricardo espera um milagre para evitar o rebaixamento com o Shimizu S-Pulse.Mais tranqüilo está Nelsinho Baptista, que como técnico já atuou no Japão, de forma alternada, desde os anos de 1990. A sua experiência foi fundamental para que o Reysol se transformasse na maior surpresa da temporada. A expectativa inicial dos especialistas era de que o Reysol lutaria contra o rebaixamento. Mas o time fez uma campanha surpreendente e ficou no segundo bloco, praticamente atrás dos times que disputam o título.Profundo conhecedor do futebol japonês, Nelsinho Baptista correu muitos riscos na formação do seu elenco. Mas se deu bem. “Fizemos uma reformulação muito grande. Somos o time mais jovem da J-League, aproveitando jogadores que vieram de universidades e de colégios. Nosso elenco é o mais jovem em idade do campeonato e estamos arrumando um grupo de jogadores para render frutos por vários anos” – explica Nelsinho.O Reysol, mesmo apontado como azarão, chegou na frente de outros clubes considerados bem mais fortes. “No início do campeonato, a mídia cravou que o Kashiwa Reysol iria cair, apontando a falta de qualidade do nosso elenco. Mas surpreendemos e vencemos muitos times. Começamos bem e acumulamos uma boa gordura na tabela de classificação. Só na reta final que tivemos algumas dificuldades, porque ficamos sem alguns jogadores por lesões e, até mesmo, por covid. Perdemos jogadores importantes e desperdiçamos alguns pontos” – esclareceu o técnico.DISPUTA FINAL O Reysol de Nelsinho Baptista, com 47 pontos, vai se despedir diante de sua torcida contra o Shonan, 13.º colocado, com 38 pontos. Apesar da diferença de nove pontos entre os dois times, existe uma rivalidade regional entre eles. Este jogo final será realizado em Kashiwa e, em caso de empate, o time do brasileiro garante a sétima posição.Em caso de vitória, o Reysol pode terminar até em sexto lugar, porque chegaria aos 50 pontos e terminaria na frente do FC Tokyo, com 49 pontos, e que vai enfrentar fora de casa o Frontale Kawasaki, vice-líder com 63 pontos, e que precisa vencer para tentar o tricampeonato. O líder e grande favorito é o Yokohama Marinos, com 65 pontos, e que só precisa de um empate contra o Vissel Kobe para ser campeão.ZÉ RICARDO DEVE CAIRÉ bastante complicada a situação do Shimizu S-Pulse, de Zé Ricardo, que dirigiu o Vasco da Gama nas primeiras rodadas da Série B do Brasileiro e estreou no Japão na primeira semana de junho. O time dele respira por aparelhos e deve ser rebaixado para a segunda divisão.Vice-lanterna com 33 pontos, o Shimizu não depende mais de suas próprias forças. Precisa vencer fora de casa o Consadole Sapporo e ainda contar com derrotas de outros concorrentes como o Kyoto Sanga, com 35, e Gamba Osaka, com 36 pontos. O lanterna Júbilo Iwata, com 29 pontos, já está rebaixado.Outro técnico brasileiro, Fábio Carille, ex-Corinthians, terminou em 11.º lugar com o Nagasaki na J-League 2 – segunda divisão. Não foi uma boa colocação, mesmo assim, ele renovou seu contrato para 2023.